E eu juro-te, ao principio duvidava, duvidava que fosse verídico. Sendo tu o principal potenciador da aproximação das pessoas através da via do aconchego, sendo tu o cerne do prazer de um chocolate quente ou de dia de ronha debaixo de um cobertor, nada disto fazia sentido. Sendo tu a causa da renovação daqueles sonhos escondidos perante o som mudo do cair da neve, sendo tu a razão da intensa nostalgia perante a decoração daquele pinheiro, nada disto fazia sentido. Sendo as tuas malhas o principal esconderijo dos nossos defeitos físicos, por nós odiados, e um refugio para as tatuagens inacabadas. Sendo tu dos poucos fornecedores de melhores momentos para fumar o cigarro, de desejos secretos por doces que nos enchem o coração de uma alegria açucarada impagável ou daqueles beijos peganhentos que nos deixam colados horas a fio. Não fazia sentido.
Não faz sentido.
Por estas e por outras é que desisti de perceber as pessoas. Agora, uma coisa tens de saber Inverno, sem ti eu nada seria, es o meu sol.
Do teu sempre,
Verão.
007 B.P.
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