Vejo a mosca em cima da moldura da sua secretária e indentifico-me com ela, zigue-zagueando em cima de uma fotografia que é o meu passado, e dada tanta confusão preparo-me para abrir as asas e levantar voo. Para onde? Não faço ideia. A única coisa que sei é que independentemente de onde aterre continuarei perdido, mas sempre de consciência que pelo menos uma vez no meu dia tenho que aterrar na merda, porque só quando me deparar realmente com a merda que cometi para a perder, só quando aceitar essa merda toda, só quando for forte o suficiente para engolir essa merda toda, é que se serei capaz de finalmente seguir em frente, apto para pousar no presente.
O que é que eu faço Doutor?
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