sábado, 12 de outubro de 2013

Carta ao meu psicólogo: 4ª parte

Não importava Doutor. Não importava se fazia frio no inverno ou no verão. Nem se chovia na única sexta-feira que eu pensava em sair de casa. Não importava se ia perder a aula na manhã seguinte por passar horas a ouvir voz dela ao telefone. Ou se iria chegar atrasado na aula de terça-feira por causa do trânsito. Não importava o mal humor das pessoas ou a maldade que elas carregavam no olhar. Nem o que elas tentavam fazer para roubar o meu sorriso. Não importava se nada desse certo, se tudo fugisse do controlo ou se os meus planos mudassem. Não importava. Eu tinha o calor das suas mãos para me aquecer e para fazer cumprir a promessa de estar sempre ao lado dela. Nada importava. Se os seus olhos continuassem a brilhar para mim então não me fazia diferença se o sol não fosse aparecer ou se as estrelas se perdessem na imensidão do espaço. Eu ainda a tinha entendes?? E nada mais importava.

O que é que eu faço Doutor?

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