segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Carta ao meu psicólogo: 13ª parte.

Doutor, eu que nunca bebi, fiquei embriagado com a sua simetria
Doutor, eu que nunca me injectei, só queria o seu sabor infiltrado nas minhas veias
Doutor, eu que nunca cheirei, tornei-me altamente viciado no seu odor.
Porque é que nunca me alertaram disto? Porque é que os meus pais nunca me falaram desse tal alucinógeno? Dessa droga que alguns lhe chamam "amor".
Não percebo como algo tão doentio e que se pode tornar tão obsessivo não seja sequer referido nas farmácias, nem muito menos nos Telejornais.

Tornei-me num agarrado.

O que é que eu faço Doutor?

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