Dessa vida eu não quero levar nada. Dou a mão para morte e continuo o meu caminho rumo ao desconhecido que tanto conheço. Sou uma passagem, não passo disso. A minha fragilidade um dia terminará e os meus lamentos escorregarão pelas minhas mãos fragilizadas. Sou um instante ligeiro, pisco os olhos e já não me vejo. E ao mesmo tempo, encontro o mundo no meu coração, esse pobre mendigo cansado. Nos dias cinzentos navego nas neblinas como se fossem oceanos cercados de tubarões… A tempestade não me assusta, o mar agitado não me detém. Sou o que sou… Não o que querem que eu seja! Não faço parte desse conjunto de alienação e não temo o diferente. Ser original é o que me torna mais forte, mais limpo. E viver neste planeta de loucos sem se tornar sombra de alguém é um acto corajoso. E dessa coragem possuo e muita.
Estou vivo ou morto? Acordado ou a dormir?
Nem eu mesmo sei.
007 B.P.
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